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Perspectivas 2020

Rubi Rodrigues - 29/03/2020

Perspectivas 2020

O Google Maps tem uma função “localizador” que nos posiciona, geometricamente, no mundo. Diz onde estamos e, assim, esclarece o caminho a ser tomado para se chegar a algum lugar. O VM[1], coordenador de estudos, antes do recesso, pediu-nos um localizador – não de espaço, mas de tempo – que indique em qual ponto nos encontramos no curso da história e aponte as opções que se oferecem. Seria legal se tivéssemos localizador na história dotado da mesma precisão do localizador geométrico, mas, infelizmente, ao passar da Geografia para a História, saímos de uma ciência exata e entramos em área de interpretação dos fatos. Esta precisa considerar as intenções humanas que se encontram por de trás dos atos. Como as intenções, raramente, são explicitadas, a interpretação segura da história revela-se problemática. Sabemos estar no ano 2020, mas isso, no Google, corresponde apenas à seta que indica a posição, sem um mapa à volta. Dado ser o mapa que informa a posição relativa em que nos encontramos, sem ele, a seta não indica nada.

Dessa forma, caso queiramos localizar-nos na história, precisamos de um mapa dessa história que esclareça onde estamos e não apenas indique o que ficou para trás, mas também indique o que se oferece adiante. O coordenador, evidentemente, colocou essa questão em virtude do esquema que apresentamos em 2019, quando discutimos “O Projeto Maçônico”[2], mostrando a evolução do discernimento humano ao longo da história conhecida.

Dado que o ser humano distingue-se das demais formas de vida pelo uso da razão, um mapa da evolução do discernimento, realmente, desponta como adequado e privilegiado critério de organização da história humana. O esquema mostra todo o percurso da história conhecida, confirma os grandes períodos já catalogados pela historiografia, indica os padrões lógicos crescentemente complexos que a humanidade conquistou no passado, localiza o presente ano de 2020 na Pós-Modernidade e revela o padrão lógico que há de presidir e determinar o modo de ser e de pensar que vai vigorar no futuro.

Observe-se que, em linhas gerais, esse esquema localiza-nos no âmbito da história, tal como o Google localiza-nos na geometria do planeta. O truque é simples: a ciência da História separou e designou os quatro primeiros períodos, porque cada um deles caracterizou-se por um modo próprio de ser e de viver. A Metafísica mostra que a cada modo de ser corresponde um modo próprio de pensar, e a Teoria Metafísica do Conhecimento mostra que cada modo de pensar obedece ou decorre de determinado padrão lógico. Finalmente, uma ciência lógica ainda em construção indica que a lógica mais abrangente terá, necessariamente, de contemplar a totalidade[3]. Temos, então, o privilégio de estarmos localizados tanto no espaço como no tempo.

Esse esquema, como sabemos, é uma obra maçônica que apenas se tornou possível em razão do resgate da “palavra perdida” mencionada em nossos rituais e que indica a inteligência criativa ou o algoritmo da criação que detalha processo ontológico segundo o qual a existência pode estabelecer-se em ato, em nosso universo. Um conhecimento que tem sido cultivado à margem da história oficial, por estudiosos e por escolas de mistério de todos os tempos, que, na forma de uma corrente dourada, estende-se dos templos do Egito Imperial até a Maçonaria de nossos dias, na expectativa de que a humanidade amadureça e se torne apta para fazer bom uso dele.

Uma vez localizados no espaço e no tempo, abrem-se duas possibilidades de estudo: podemos mergulhar no passado e examinar os padrões lógicos em busca de convencimento de que cada período civilizatório, efetivamente, caracteriza-se por um modo próprio de ser e de pensar, determinado pelo padrão lógico respectivo, ou podemos examinar as atuais circunstâncias e tentar vislumbrar o que o futuro nos reserva ou quais as alternativas que se oferecem no processo de evolução. Mergulhando no passado, poderíamos obter mais confiança no modelo explicativo da evolução lógica da humanidade. Auscultando o futuro, podemos identificar tendências sem esquecer-nos de que estaremos em ambiente especulativo, de realização não garantida. A encomenda do VM aponta para o último caminho. A pergunta é: o que o posicionamento de 2020, na Pós-Modernidade, esclarece, segundo o esquema de evolução lógica da humanidade?

O Brasil é palco privilegiado das grandes transformações atualmente em curso na humanidade. A eleição de Trump, nos Estados Unidos, e a de Bolsonaro, no Brasil; a opção pelo Brexit, no Reino Unido; e os governos de tendência liberal, na Itália, na Polônia, na Grécia e no Paquistão, além do descrédito geral da social democracia na Europa, estão, no fundo, refletindo a crise do padrão civilizatório que se arvorou pós-moderno, em razão de sua crítica à modernidade industrial. O fracasso das soluções socialistas mundo afora e as próprias guinadas capitalistas de Pequim e de Moscou evidenciam que as opções socialistas e o comunismo perderam credibilidade e já não se sustentam mais como alternativas capazes de gerar condições melhores para a vida humana. Dado que o liberalismo se assenta no indivíduo e em sua liberdade e dado que, historicamente, o socialismo vem acompanhado de restrições às liberdades individuais, em nome de coletivismo piedoso, o confronto de ideologias de esquerda e de direita afigura-se, liminarmente, inconciliável, em razão do caráter excludente das premissas adotadas. Daí, a polarização e a fragmentação que presenciamos.

No plano interno, o fenômeno essencial a ser considerado pensamos ser a nova percepção das famílias brasileiras, despertada pela Operação Lava Jato, com a exposição dos desmandos dos últimos governos e a revelação de um plano socialista totalmente alheio ao espírito acolhedor, ao sentimento de família e à religiosidade do brasileiro. A ameaça ao modo brasileiro de ser perpetrada em surdina, por indivíduos judicialmente qualificáveis, despertou a identidade verde e amarela que dormitava, a qual não aceita mais, passivamente, o compadrio e o patrimonialismo que viabilizaram tal situação. Engana-se quem imagina que a novidade brasileira se concentra na figura de um presidente. O que mudou é muito mais essencial e, definitivamente, veio para ficar. Com a permeabilidade e o registro possibilitados pelas redes sociais, as práticas políticas tradicionais, definitivamente, estão condenadas, resultando imperativo desapegar-se do velho e construir arranjo novo que deixe tais mazelas no passado.

Essa tensão política, presente tanto no plano interno como no plano externo, constitui apenas a face visível de um fenômeno bem mais profundo e essencial, em curso, que diz respeito ao inconsciente coletivo da humanidade. Vejam-se os últimos acontecimentos. A esquerda foi apeada do poder, no Brasil, quando a população compreendeu que os valores que fundamentam a identidade brasileira estavam sendo, intencionalmente, destruídos, isto é, quando compreendeu que o visado era destruir o tecido moral e a coesão da sociedade, para permitir a implantação de regime político totalitário que exige sacrifício das liberdades individuais e que não deu certo em parte alguma do mundo. Apesar de ter sido instalado, em 2019, um governo divergente, com outra visão, a resistência e as manobras para inviabilizar o governo são grandes tanto no âmbito da máquina pública, amplamente aparelhada pelos governos anteriores, como também e principalmente pela mídia e pela intelectualidade que dominam a Academia e que conduzem a educação do País. A razão dessa resistência é conhecida desde que a estratégia socialista desistiu do caminho das armas e lançou-se ao domínio da cultura. Essa estratégia deu certo, não em virtude de inusitada genialidade organizativa e operacional dos partidos, mas porque as ideologias de esquerda capitalizaram e sintonizaram o momento evolutivo da racionalidade humana. Observe-se que cada período civilizatório possui e caracteriza-se por um modo típico de ser e de pensar. A era Moderna, em seu aspecto visível, foi marcada pelo advento das máquinas e pela Revolução Industrial. Máquinas implicam funcionamento sistêmico repetitivo. Projetar uma máquina exige um tipo especial de pensamento: o pensamento sistêmico, que liga causa e efeito em relação estável. A era Pós-Moderna, como o próprio nome afirma, estabelece-se como superação da modernidade e, para tanto, vale-se, necessariamente, de uma lógica de configuração superior tanto em amplitude da abordagem como em capacidade heurística. Se a lógica clássica da modernidade contempla relações causais presentes na matéria, a sua superação exige considerar a variável tempo que viabiliza à matéria deslocar-se no espaço. O tempo viabiliza a história, o desenrolar dos acontecimentos e o próprio processo evolutivo que se faz pela interação dos elementos que compõem a realidade. Esse processo de interação obedece a uma lógica específica, qualificada como interação de teses e antíteses, na construção de sínteses. Daí, o nome de lógica dialética ou de lógica da história.

A dialética possui amplitude – foco – superior à amplitude da lógica clássica e, por essa razão, foi e é capaz de oferecer crítica ao funcionamento sistêmico. Com isso, expande a racionalidade e permite compreensão também expandida da realidade. Com o domínio e a universalização da lógica dialética, a civilização evoluiu da era Moderna para a era Pós-Moderna. Usando a metáfora de Platão, passou-se de uma caverna menor para uma caverna maior, mas manteve-se o erro anterior de pensar que todo o universo esteja ali contido. Esta é a razão que está por trás da oposição generalizada que tanto Trump como Bolsonaro estão enfrentando da mídia e da intelectualidade planetária. A repercussão e os ferozes ataques internacionais ao governo brasileiro, em razão das queimadas da Amazônia, em 2019, não resultaram de virtuais braços internacionais dos partidos da esquerda brasileira. A proliferação de críticas internacionais, usando e aproveitando o motivo das queimadas, provém de comunhão no modo dialético de pensar da intelectualidade mundial, que percebe a intelectualidade brasileira acuada pelo novo governo e por novas ideias e solidariza-se ao perceber que essas ideias atingem todos – não apenas as pessoas, mas, muito mais grave e perigoso, o seu modo de pensar. Os dialéticos europeus sentem-se igualmente ameaçados; por isso, a reação. Quando, por outro lado, populações de diferentes nacionalidades, como turcos, poloneses, italianos, norte-americanos, brasileiros, gregos, entre outros, quase simultaneamente ou em sequência, refugam o discurso e as soluções socialistas, estamos diante de fenômeno que, evidentemente, também não decorre de articulação, não resulta da ação orquestrada de alguma organização política supranacional, mas decorre de intuição coletiva que, de algum modo, espalha-se pelo planeta. Resulta de alguma percepção essencial que aflora simultaneamente, em toda parte, e, tal como a comunhão na dialética, opera em plano profundo – semiconsciente – da racionalidade. É tanto fruto de intuição que as pessoas não sabem dizer precisamente o que querem, sabem apenas o que não querem, e o caso brasileiro, com o voto anti-PT, em 2018, deixou isso evidente de modo cristalino.

As lógicas são crescentemente complexas, cada uma mais abrangente que a anterior, e, por isso, também cada vez mais esclarecedoras. Se uma lógica opera, por exemplo, no âmbito de um copo, ela, necessariamente, conclui que todo o universo está contido no copo. Dado que uma lógica não pode criticar-se, apenas confirmar-se, sua visada limita-se ao âmbito do copo, levando a crer que fora dele não há nada. Apenas uma lógica geometricamente mais ampla pode mostrar os limites do copo. Portanto, segundo o que nos ensina o esquema da evolução do discernimento e a própria geometria, não estamos indo, ideologicamente, da esquerda para a direita, mas superando as ideologias das partes e migrando das partes para o todo. Somente uma lógica de escopo mais amplo que a dialética pode criticá-la.

O novo período civilizatório será, portanto, caracterizado por uma lógica e um pensamento da totalidade e será mais harmônico, uma vez que, na unidade do todo, as partes superam suas diferenças e entram em repouso: imagine-se as partes de uma esfera fechando-se e constituindo uma esfera perfeita – perfeita em sua unidade. A esfera fecha-se, e as partes entram em repouso.

As dificuldades – os governantes do mundo, ao que tudo indica, ainda não sabem disso e, assim, não entendem bem o que está acontecendo. A intelectualidade está presa na lógica dialética e interpreta que as mudanças representam retrocesso para a lógica sistêmica anterior, que já foi superada. O Chile, talvez, também tenha entendido assim e, por essa razão, não está conseguindo manter o regime – ninguém mais aceita voltar para um capitalismo selvagem. De outro lado, todos os países são reféns do sistema financeiro internacional, por intermédio da figura da dívida consolidada, em boa medida, indevida em razão de juros compostos que, segundo entendemos, são uma fraude matemática, por levar, no tempo, a uma progressão absurda. Pequim e Moscou, talvez, por terem percebido isso, tentam superar a economia financeira, em favor de economia real de produção de bens e serviços – seu esforço efetivo atual é a nova Rota da Seda, a qual promete alavancar o Leste Europeu com investimentos de infraestrutura. Caso Trump consiga aliar-se a essa iniciativa, possivelmente, os três juntos possam desbancar o sistema financeiro e, virtualmente, libertar as economias nacionais do jogo especulativo da banca. Londres, que gerencia a banca, tenta evitar o acerto dos três, inventando guerras comerciais com a China e interferências eleitorais de Moscou. Putin acaba de fazer jogada magistral ao reverenciar o holocausto judeu e defender que isso jamais deverá acontecer de novo. Com isso, notifica o Iran, que não vai admitir agressão a Jerusalém, e sinaliza aproximação com a Casa Branca. França e Alemanha estão percebendo que, no Islamismo, religião e Estado são a mesma coisa e que, talvez, a migração islâmica constitua, na verdade, movimento bélico de ocupação.

Enfim, poderíamos continuar arrolando as formas de conflito e de confusão patrocinadas pelas lógicas das partes e suas ideologias, tais como a teimosa tentativa de impeachment de Trump ou a crise do Mercado Comum Europeu, mas quer nos parecer que nada que se adicione mudaria o fundamental: o fato de apenas um pensamento da totalidade poder acalmar os ânimos das partes. Os maçons podem, eventualmente, apressar essa transição, dominando a palavra que estava perdida e divulgando-a pelo mundo. Não deixa de ser alentador, porém, constatar que, assim como as mudanças anteriores não dependeram de autorização humana, a transição também vai acontecer independentemente do que os homens façam ou deixem de fazer. A palavra perdida indica-nos que a natureza possui ritmo próprio, inexorável. No sentido de melhor auscultar o futuro, o fato relevante do nosso tempo é a redescoberta da palavra perdida ou o resgate do algoritmo da criação que explica o processo de evolução da natureza e que, como tal, explica também a evolução do discernimento humano, tal como indicado no esquema. A historiografia já havia dividido a história em quatro grandes períodos civilizatórios, caracterizados por modos próprios de ser e de viver dos homens e das sociedades. O que o algoritmo da criação agora esclarece é que esses modos distintos de ser decorrem de modos de pensar correspondentes, também específicos. Informa, ainda, que tais modos de pensar são patrocinados por padrões lógicos próprios que determinam tanto os modos de pensar como os modos de ser[4]. A implicação relevante dessa constatação é que, na medida em que estamos superando o modo dialético de pensar e avançando no domínio da lógica da totalidade, estamos também completando o processo natural de conquista da razão e concluindo a transição evolutiva do hominídeo para o humano. Segundo os termos dos rituais maçônicos, como espécie, estamos concluindo “a construção do templo”, que, como sabemos, é o templo inexpugnável da razão. Os frutos dourados do Sol, ao que tudo indica, estão amadurecendo.

 

Brasília, fevereiro/2020.

Rubi Rodrigues

 

Rubi Rodrigues disse:

29/03/2020 às 16:35

Passados vinte dias da apresentação deste trabalho, a OMS decreta pandemia em razão de um vírus influenza A, que surgiu em Wuhan. O mundo virtualmente parou. O governo chinês decreta o isolamento total da província, quando o vírus já tinha vazado para a Europa e se espalhado pelo mundo. Em todos os países, governantes temerosos repetem o procedimento de quarentena e a economia se retrai sinalizando recessão generalizada logo adiante. Estamos na última semana de março e as informações são ainda precárias e desencontradas. Não se sabe se o vírus é natural ou criado, se a origem é mesmo de morsego, se o governo chinês tentou esconder ou deixou solto de propósito. Onde está o jornalista que pesquisava a questão em Wuhan e sumiu no final de 2019? Podemos confiar nas informações divulgadas por Pequim? Como foi a epidemia no resto da China? Quem foi infectado uma vez pode voltar a ser infectado de novo? O percentual elevado de óbitos na Itália deve-se a que? Temperaturas mais elevadas podem conter a proliferação do vírus? Enfim, dúvidas é o que não falta e as medidas de prevenção e de contenção tomadas mundo afora, resultam amparadas em informações precárias e, em decorrência, envolvem riscos imponderáveis. De toda essa confusão, um dado resulta claro, por se tratar de um fato presenciado por todos. Os veículos de comunicação e os serviços de televisão em particular, alteraram programações e passaram a dedicar todo o seu tempo à pandemia, discutindo e divulgando preocupações com o avanço da pandemia pelo mundo, contando mortos e infectados, sempre com o cuidado de repetir que as pessoas não deveriam entrar em pânico. Mas qual a utilidade de recomendar que o pânico seja evitado se a programação não fala de outra coisa 24 horas por dia? A verdade é que o pânico espalhou-se pelo mundo e instalou-se em muitos lugares antes mesmo da chegada do vírus. Comprova isso o fato de certos prefeitos brasileiros terem decretando parada total das atividades em municípios nos quais não havia um único caso da doença.

Saindo de dentro da confusão provocada pelo vírus e retomando a perspectiva mais ampla da história evolutiva do discernimento, resta evidente que a maneira como a mídia está tratando a pandemia tem disseminado pânico e não tem gerado compreensão suficiente e convincente que favoreça o competente enfrentamento do fenômeno por parte da sociedade. Não se trata de acusá-la genericamente de um comportamento intencional, mas de perceber que à medida que a crise sanitária se converta em crise econômica, os governos conservadores emergentes no Ocidente, veem comprometidos os seus propósitos de recuperação econômica e o discurso dialéticos contrário imagina recuperar fôlego. No fundo essa divulgação massiva da pandemia apenas repete o fenômeno uníssono já verificado por ocasião das queimadas na Amazônia no ano passado.

O mais provável, porém, é que essa pandemia precipite o processo de transformação que a superação e a caducidade do modo pós-moderno de pensar está exigindo. Quando a pandemia passar, advirá um vazio enorme, que não será preenchido pela mesmice de antes dela, e algo novo terá de emergir para restabelecer o equilíbrio.

 


[1] Venerável Mestre, titular de Loja Maçônica.

[2] Disponível em: <https://academiadeplatao.com.br/artigo_detalhe?id=347/>.

[3] Detalhes técnicos dessa fundamentação podem ser obtidos em  aqui.

[4] Uma lição que já se encontra em Parmênides, um dos sete sábios da Antiguidade grega.

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