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Cap. 8 - Alternativas para a transição e Cap. 9 - O logos na história da humanidade

Rubi Rodrigues - 10/03/2022

CAPÍTULO 8 – ALTERNATIVAS PARA A TRANSIÇÃO

Os possíveis caminhos da transição. – Objetivo: identificar, em face das circunstâncias, as alternativas disponíveis para encaminhar a mudança.

Comentário institucional ao Capítulo 8

No final de 2011, surgiram duas ideias básicas, visando a viabilizar, na prática, uma intervenção intencional no rumo civilizatório. O grupo concordou que essas alternativas tinham potencialidades e mereciam ser estudadas a fundo, para compreender/revelar suas reais possibilidades. Passados seis meses sem conseguirmos avançar no tema, por falta de tempo, resolvemos indicar as ideias no site, na esperança de, assim, virtualmente conseguirmos adesão de capacidade intelectiva que possa nos ajudar nesse estudo.

A primeira ideia foi apresentada por Jonatas Gustavo e diz respeito à criação de uma concepção política de validade planetária que visaria, em última instância, a conquistar poder político em todos os rincões do planeta, para implementar as mudanças requeridas pelo novo padrão civilizatório.

A segunda ideia foi apresentada por Rogerounielo e diz respeito a tornar patrimônio da humanidade toda descoberta científica e toda inovação tecnológica produzida pelo homem, de sorte que o produto da criatividade humana passe a beneficiar toda humanidade e deixe de ser usado como instrumento de dominação e de concentração de poder.

A concepção política precisa assumir perspectiva que seja comum e própria da espécie humana e defender os interesses da humanidade considerada como uma só família, na qual todos os membros desfrutem de idêntica cidadania e dignidade e na qual todos trabalhem de forma cooperativa, em busca do aperfeiçoamento da espécie e da civilização. Aqui, trata-se de definir um conjunto mínimo de diretrizes básicas que sejam assimiláveis por todos os povos da Terra, provendo uma ideologia política não sectária, não defensora de direitos de segmentos sociais particulares nem mesmo de defesa de qualquer parte ou grupo, mas, sim, da defesa do todo e de todos. Imagina-se que, dessa forma, cada localidade poderá criar uma organização política centrada nos interesses da espécie, cujo único compromisso seria preservar-se fiel às diretrizes planetárias da concepção, e desenvolver o trabalho local, considerando as suas circunstâncias e as suas particulares possibilidades. Convém ressaltar de imediato que não caberia qualquer concentração de poder que resultasse em algum tipo de governo planetário, mas apenas a manutenção de um organismo virtual internacional responsável pela preservação e pela atualização da doutrina da espécie, de sorte que a universalização da doutrina somente possa ser alcançada em razão da excelência e da adequação dos princípios adotados, sem qualquer caráter impositivo. O trabalho a ser desenvolvido neste item e para o qual convidamos todos os interessados consiste em definir nova concepção, considerando termos aceitáveis a todo ser humano efetivamente comprometido com os destinos da espécie e, ao mesmo tempo, mantendo a concepção livre dos predadores sociais que são orientados por interesses pessoais ou de grupos.

A ideia de universalizar o acesso às descobertas científicas e tecnológicas visa, de um lado, a estancar a apropriação privada dos produtos da criatividade humana, dado ser esta uma das fontes primordiais da concentração da renda e das diferenças sociais, e, de outro lado, a amplificar a produtividade criativa da espécie, ao possibilitar cooperação científica planetária nos esforços de desenvolvimento que, atualmente, estão confinados a laboratórios cercados de segurança máxima e a grupos de competência restritos. Pensamos que, livre dos interesses corporativos, o desenvolvimento científico e tecnológico dará salto exponencial, e as dificuldades sociais poderão ser superadas em tempo previsível. Somente a liberação das patentes já existentes e guardadas a sete chaves por contrariarem interesses mercantis pode ou deve representar verdadeiro choque evolutivo. O trabalho a ser desenvolvido neste item e para o qual também estão todos convidados consiste em definir as diretrizes e as regras da concepção e as alternativas de constituição e de gestão do fundo de capital correspondente.

Outra ideia que amadureceu nos últimos anos, em virtude de nossos estudos da obra de Platão, pode ser registrada neste início de 2020. Esses estudos revelaram a visão de um universo ordenado e evolutivo, orientado para a complexidade organizativa, sob o comando de leis universais inescapáveis. Em decorrência dessa ordem geral, resultam visões de humanidade e de racionalidade humana também evolutivas, desdobrando-se em processos evolutivos virtualmente contingentes. Essa alternativa se ofereceu com tanta força que capturou nossos esforços, permitiu-nos evoluir do conceito de logos normativo para o conceito de algoritmo da criação, possibilitou a geração de uma teoria metafísica do conhecimento e permitiu-nos vislumbrar o processo evolutivo da razão e do discernimento humano, com a caracterização lógica do próximo estágio civilizatório facultado à espécie. Em consequência, direcionamos nossos esforços para a criação da Academia Platônica de Brasília, com o propósito de potencializar a universalização do modo de pensar que permitirá superar a pós-modernidade e viabilizar o novo e superior padrão civilizatório que se oferece. Presentemente, estamos empenhados nisso, lutando com a falta de recursos para viabilizar a ideia.

CAPÍTULO 9 – O LOGOS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Antecedentes históricos do padrão paradigmático representado pelo logos normativo da racionalidade. – Objetivo: mostrar que versões outras do mesmo paradigma já foram usadas com relativo sucesso pela humanidade.

Comentário

Rubi Rodrigues disse:

10/10/2021, às 22h18

Capítulo pendente, em razão da opção do grupo pela criação da Academia Platônica de Brasília, que visa a ajudar todo ser humano que decida libertar-se da caverna alegórica de Platão e enfrentar a luz do sol da verdade. Esse projeto procura implementar a terceira alternativa de transição indicada no capítulo 8 anterior.

CAPÍTULO 10 – REFERÊNCIAS

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ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2006. 363 p.

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KAFATOS, Menas; KAFATOU, Thalia. Consciência e cosmos. Brasília: Teosófica, 1994. 264 p.

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KUHN, S. Thomas. A estrutura das revoluções científicas. Tradução de Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Perspectiva, 1997. 257 p.

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SZLEZÁK, Thomas Alexander. Platão e os pitagóricos. Tradução de Fernando Augusto da Rocha Rodrigues. 2008. Texto originalmente publicado no volume de Jean-Luc Pèrilié (dir.) Platon et Lês Pythagoricies, éd. Ousia, Bruxelles, 2008, p. 93-116.

 

 

Sites consultados:

http://www.thevenusproject.com/

http://www.thezeitgeistmovement.com/

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