TMC I - Módulo 15
Rubi Rodrigues - 07/06/2022
Teoria do Conhecimento I – módulo
15
No módulo 14,
completamos a indicação dos conteúdos objetivos que, segundo o modelo
geométrico dimensional da criação, somam-se e acumulam-se na formação de uma
existência em ato, formulando a hipótese de que, no caso do homem, a instância
de totalidade contempla a consciência humana. Neste módulo, pretendemos
consolidar essa ideia.
Como foi visto nos
módulos iniciais, a quinta instância do modelo dimensional contempla o que de
fato existe em ato, em nosso universo relativo. Dado que o universo apenas
comporta entes e fenômenos delimitados, verificamos ser imperativo que cada
ocorrência constitua uma unidade – para, assim, destacar-se das demais – e que,
também, seja perfeita e precisamente determinada para não ser confundida com
outra. Verificamos igualmente que essa precisa determinação dá-se em virtude de
ela ser determinada por uma dada inteligência organizativa que a molda e a
constitui naquela forma específica. Com isso, conclui-se ser a inteligência
organizativa o componente normativo da totalidade.
Quando afirmamos que, no
caso humano, essa instância de totalidade comporta e viabiliza a consciência
humana, fazemos isso, de um lado, por perceber que a consciência constitui um
recurso de percepção especializado justamente em captar e operar inteligência,
o que indica que totalidade e consciência compartilham uma mesma natureza. E,
de outro lado, por entender que a consciência constitui a instância mais
complexa e mais elaborada do fenômeno humano. Sendo a inteligência organizativa
o fator que configura e determina a totalidade do humano, a consciência,
obviamente, também será configurada e determinada por essa mesma inteligência.
Quando equiparamos a
natureza da consciência à natureza da inteligência organizativa que configura a
totalidade, fazemos isso em virtude do constatado ao estudar a inteligência
organizativa potencial, identificada como conteúdo objetivo da segunda
dimensão. Nessa ocasião, constatamos que a inteligência organizativa possuía amplitude
bidimensional, posto que a instância era suficiente e precisamente adequada
para comportá-la. Quando essa inteligência organizativa se fecha em perfeita
complementaridade, constituindo uma totalidade unitária, assume, como já
afirmamos, a forma de superfície de esfera que, não por acaso, também é
bidimensional. Com isso, fica confirmado que tanto a inteligência organizativa
potencial da segunda dimensão como a inteligência organizativa efetivamente
realizada na forma da superfície da esfera contemplam uma mesma natureza de
duas dimensões.
Considerando
adicionalmente o modo imediato e instantâneo como a nossa mente assume as
imagens captadas pelos olhos e torna-as imediatamente conscientes, independentemente
da profusão de detalhes eventualmente contidos nas imagens e aparentemente sem
qualquer processamento racional intermediário, resta conclusivo que a forma bidimensional
também ajusta-se com precisão a esse tipo de assimilação de imagens, tal como
fazem os espelhos e as telas de cinema e de televisão, ainda que essa
mentalização de imagens seja eventualmente mais complexa que um simples
espelhamento.
Para concluir, resta
considerar que a mente humana, mesmo no processamento de conceitos, parece ser sempre
monoprocessadora e iluminar-se apenas com um entendimento por vez e somente admitir
entendimentos sucessivos e nunca entendimentos simultâneos. Fato esse que
também se coaduna com a ideia de uma mente fechada em unidade, tal como a
superfície da esfera, forma essa na qual a compreensão e o entendimento
unitário abrangem naturalmente a totalidade da consciência.