Estudos de lógica
Rubi Rodrigues - 06/06/2013
O modelo do Logos Normativo adotado como paradigma em todas as nossas considerações, constitui um referencial metafísico construído com geometria, lógica e matemática, que são as três disciplinas fundamentais da ciência e também três ferramentas básicas que permitem explicar a edificação do universo. Os gregos clássicos já sabiam disso ao afirmar que mesmo Deus teve que operar segundo a geometria e a matemática, para que a sua criação fosse boa e bela.
O Logos Normativo adotado como paradigma revela um mundo distinto desse que a modernidade cartesiana patrocina e alcançar esse resultado implica em mudanças nas próprias concepções usuais que temos de lógica, geometria e matemática. Assim, requer uma matemática capaz de trabalhar com múltiplos graus de infinidade e requer igualmente uma geometria dimensional. Da mesma forma requer uma nova concepção de lógica, definida como padrão de movimento existencial(*), dado que o modelo do Logos contempla a inteligência criativa movimentada na construção do universo e de todos os fenômenos. Isso implica operar mudanças nos três pilares que alicerçam o edifício do conhecimento científico atual.
Embora essa discussão seja dispensável para as pessoas em geral, trata-se de questão fundamental para a classe dos cientistas, que alicerçam o seu labor justamente nessas três disciplinas. Por essa razão resolvemos disponibilizar três estudos complementares de lógica que realizamos em 2004, capitalizando as percepções de Luiz Sergio Coelho de Sampaio, que propôs um sistema de cinco lógicas complementares e cuja proposta foi objeto de estudos no Departamento de Filosofia da UnB. Pretendemos, com essa disponibilização, evidenciar que o modelo do Logos Normativo contempla fundamento equivalente ao alicerce que sustenta hoje a ciência, ao menos no plano lógico, restando resolver ainda a questão da matemática de múltiplos graus de infinidade e virtualmente aprofundar a questão da geometria dimensional que precisa abrigar tanto as geometrias euclidianas como as geometrias não euclidianas.
Os estudos – não ortodoxos – de lógica foram desenvolvidos sequencialmente e estão disponíveis nos links abaixo:
O status ontológico da lógica I
O status ontológico da lógica II
O status ontológico da lógica IIII
(*) Com essa definição compreende-se melhor a crença dos gregos clássicos segundo os quais “pensar e ser são a mesma coisa”. Sendo a existência, comum a ser e a pensar, e sendo a lógica definida como padrão de movimento existencial, fica explicada a correspondência entre pensamento e pensado: quando a lógica do discurso corresponde ao movimento existencial manifesto no fenômeno, o discurso resulta convincente, pois retrata – dentro do possível – a realidade.
Brasília, jun/2013